terça-feira, 15 de setembro de 2009

RISOTERAPIA

"Se não quiser adoecer - viva sempre alegre
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam asaúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. O bom humor nos salva das mãos do doutor. Alegria é saúde e terapia."
(Dr. Dráuzio Varella )

Uma das coisas que sempre falo para a equipe de trabalho e a primeira, aos novos funcionários que chegam para juntar-se a nós é: "Rir é o melhor remédio". Sempre que tenho oportunidade falo para os usuários de nossos serviços sobre os benéficios do riso. A primeira coisa que descobri, desde que comecei a viagem insólita para dentro de mim, em busca de mim mesma, é o benefício de ser alegre, rir a vontade, sem medo, e receio.


A partir do momento que decidi viver os meus dias alegres a minha saúde física, mental e social melhorou consideravelmente, digamos que uns 90%, considerando a situação deprimente e debilitada em que me encontrava naquele momento. Através do riso melhorei minhas condições de saúde: física, financeira, mental e social. Passei a ser feliz comigo mesma, a primeira e grande descoberta: a felicidade vem de dentro para fora; passei a ser mais receptiva com as outras pessoas, o que melhorou meu convívio social e me trouxe novos amigos e, meu grande amor; descobri que tenho condições de criar formas de sobrevivência e nova maneiras de ganhar dinheiro, e sempre o terei de sobra. A primeira grande descoberta, repito, é ser feliz consigo mesmo, buscar dentro de si sua motivação e inspiração maior para a vida.

Hoje estava lendo alguns capítulos de um livro que encontrei no armário, junto aos pertences de uma grande amiga, e tomei a liberdade de começar a lê-lo, dentre tantas matérias interessantes e de benefício para a vida, deparei-me com a Risoterapia, então resolvi transcrever o capítulo e compartilhar com vocês estas informações, que, tenho certeza, lhes trará grande benefícios se colocado na prática.



 
"Risoterapia

Quase todos os veículos da impressa dedicam espaço ao bom humor, defendendo a idéia de que “Rir é o melhor remédio”. Será mesmo? É. Você próprio pode recordar-se de alguma vez que uma boa gargalhada restaurou sua boa disposição, elevou sua moral, suavizou uma aflição, revigorou o organismo, melhorou uma amizade que capengava. Se não aconteceu com você mesmo, pode ter acontecido com alguém que você conhece.


Ao atender algum deprimido, distressado, nervoso, aflito, angustiado, tenso, presa de fobia, enfim, vítima da “coisa”, procuro dizer ou fazer uma palhaçada qualquer, que possa lhe desafivelar a carranca sombria, enfermiça e apavorada, alguma brincadeira engraçada que possa levá-lo a, pelo menos timidamente, sorrir. O primeiro sorriso que desabrocha me permite acreditar já ter começado o processo de transformação libertadora.

A tensão, pesada e doída que, há meses e até há anos, vem sendo nutrida por tensas mágoas e densas trevas, não resite a um sorriso descontraído. Sorrir derruba paredes e serra grossas correntes, solta, ilumina, descongestiona, desengatilha, cura. É como o raiar do sol dando um chega pra lá na escuridão da madrugada. Deus abençoe todos os palhaços deste mundo.
Norman Cousins, primeiro editor de “Saturday Review”, foi hospitalizado como doente terminal (Norman sofria de rara doença do colágeno, da qual somente um em cinco mil conseguia curar-se), com cinco afecções graves. No leito do moribundo, foi tomado por uma intuição, e, para dar-lhe curso, pediu um projetor de cinema de velhos filmes das palhaçadas dos Irmãos Marx. A curtição hilariante produziu efeito tão surpreendente que convenceu os médicos a lhe darem alta. A experiência tornou-se mundialmente famosa através de seu livro Anatomy of an Illness.


Modernas pesquisas indicam que uma gargalhada mexe terapeuticamente não só com toda a musculatura da face, mas também com as cordas vocais, nervos, músculos e glândulas; massageia o diafragma; age bem sobre o tórax, o abdômen, o fígado, os pulmões. Finalmente, vale como um remédio eficaz. Nada custa. Não intoxica.


Para o sistema imunológico o riso é muito especial, segundo estudos pelo Western College of Springfield. Uma risada estimula as atividades das células especializadas no combate a vírus e bactérias. O nome delas é bem significativo – células assassinas. A concentração da imunoglobina, que age contra vermes e infecções respiratórias, segundo pesquisa, é bem maior numa platéia assistindo uma comédia que numa assistindo documentário. Tudo leva a crer que nos indivíduos que assistem fitas ou filmes de monstruosidades, catástrofes, horror, crueldade e violência máxima, a imunologia é jogada lá embaixo.


O riso influencia diretamente o hipotálamo, centro cerebral que governa a reação do corpo ao estresse, também promove vasodilatação cerebral, melhorando assim o fluxo sanguíneo, e sabemos que uma abundante vascularização cérebro protege e melhora a lucidez mental dos idosos. É por isto que medicamentos geriátricos de grande consumo visam exatamente isto.


Não existe ação e reação exclusivamente físicas, portanto a risoterapia não favorece somente ao organismo material. Os efeitos salutares são também energéticos, psicológicos e intelectuais. Em outras palavras, que ri melhora por inteiro, o sistema todo.


Uma das mais eficazes e gostosas metodologias de nosso trabalho yogaterápico tem sido a “grande gargalhada”. Nos satsangs (reuniões de descontração, catarse, cântico, louvor a Deus, meditação e amorização, praticadas na Academia Hermógenes) bem como nas aulas do curso “Saúde na Terceira Idade”, proponho que todos, juntos, gargalhemos. Dando um exemplo, saio na frente. A turma me imita, e logo a gargalhada gostosa e desrepressora contamina todos. É alegria infantil, espontânea, inocente, gostosa, puríssima, descondicionada. Cada um acaba rindo da gargalhada espalhafatosa do outro. Os alunos adoram. Sentem-se eufóricos e tranqüilos depois de tal mutirão da alegria. Gozo imaculado e ingênuo. A “couraça do caráter”, denunciada como a grande culpada por limitação e padecimentos, que tanto maltratam e empobrecem, cerceiam e adoecem a espécie humana, conforme a denúncia de W. Reich, não resiste ao impacto do riso euforizante, e racha. O relaxamento é seguro e imediato. Dentro da blindagem de cada adulto, há sempre uma criança que lhe proibiram ser alegre, ansiando por liberdade. O riso espontâneo, “deseducado” e esfuziante arrebenta a velha “blindagem”, rasga o “camisolão da austeridade” e liberta a “criança”, até então encolhida, escondida, sumida e reprimida pelo cinzento formalismo imposto pela vida “educada”.


É uma terapia de desrepressão, de catarse. Com a continuação, aflições, depressões, zangas, tristezas, “engatilhamentos”, repressões, tensões, contensões crônicas e fatigantes começam a dar o fora. Adeus drogas para os nervos! Vejo a gargalhada como um eficiente redutor da estressibilidade pessoal de cada um.

Os risonhos não vivem bisonhos. Mal-estares e fadigas, abatimentos e medos, adeus!

Com a mesma intensidade que a tensão debilita o sistema imunológico, engendra radicais livres e tumultua a homeostase, a distensão, provocada pelo riso espontâneo, melhora as defesas, reduz a oxidação e restaura o meio interno orgânico. Bom humor, moral elevado e euforia juntos instantaneamente lançam no sangue hormônios, neurotransmissores, enzimas e neuropeptídeos, geradores e defensores da saúde, fantásticos remédios que realmente curam. O centro que gerencia o sistema imunológico é o timo. A hilaridade estimula o timo. A pessoa risonha não anda curtindo uma gripe depois de outra. A pessoa bisonha, sim.

Se o riso não chega a ser o melhor, seguramente é um excelente remédio. Sorria e viva mais e melhor."

(Yoga para nervosos / José Hermógenes – p. 290 a 293)

Um comentário:

Marcelo Pinto disse...

Olá Poli, tudo bem?
Parabéns por esta postagem. De fato a risoterapia tem um grande poder benéfico, não só para o nosso organismo, como também para nossa mente e espírito.
Acredito tanto nisso, que me dedico a divulgar os benefícios do Riso. Convido-a a visitar meu blog ESPAÇO DO RISO no link http://doutorrisadinha.blogspot.com e conhecer um pouco mais deste meu trabalho.
Abraços, SORRIA E TENHA UM BOM DIA
Marcelo Pinto (Doutor Risadinha)